Por: Diego Sancho (@sanchodiegoo) / Traduzido:
María Mercedes Morales C. (@Marymm14)
Com vontade de ser engraçado frente
as situações fortes, o futebol mundial precisava que Lionel Messi se lesionara
para entender até qual ponto ele influi em qualquer equipo. A situação não está
reduzida em sua técnica de condução, ou na sua inteligência tática, nem no que
ele tem ganhado, senão no grado competititvo que leva consigo. "Graças a
Deus o anão frotou o abajur e pudemos ganhar", disse "Chiquito"
Romero depois do 1-0 frente Irã no último mundial. Assim é Messi, uma máquina
de ganhar partidas que destrói o esforço coletivo do adversário.
Sem Messi não há um plano
Devemos ter claro que depois de 10
anos contando com ele, o Barcelona tem moldeado a sua plantilla para que Messi
seja o centro do seu ataque. Agora que ele não está, o plan se diluiu. Na sua
substituição, Luis Enrique colocou a Munir (ou Sandro) pelo lateral direito
conservando seu 4-3-3, mas é falso que um jovem canterano terá a liberdade, a
capacidade ou a compatibilidade do gênio argentino. Por sorte, contam-se com
grandes elementos na última linha: Neymar e Luis Suárez. O primero por ser
também o protagonista de um sistema ofensivo na sua seleção, será quem
comandará o ataque no Barcelona.
Que ele tenha que "atuar como
Messi" não significa que cumpla com seus mesmo movimentos. Para começar, a
posição de Neymar é muito menos garante de descargas, e pode quitá-lhe
surpressa ao jogo pelas suas largas tenências, e este é o ponto mais débil onde
pode se notar a ausência do rosarino. Onde existem semelhanças é no fato de que
eles são "falsos 9", ambos tendem a centralizar seu movimento para
que o equipo possa trabalhar no seu desdobramento, sabendo que nesse homem
recai o encerramento do avance.
O desenho tático revela-nos que
Sergio Busquets é o membro do meio-campo mas perto de Neymar. A calidade de bom
passador do espanhol faz que ele seja importante para orientar a zona de
penetração dos atacantes. Perto de Neymar, Sergio pode recuperar as bolas
perdidas em seu caminho ao centro ou pode habilitá-lo com um passe. São
necessárias as bolas paradas e Busquets pode satisfazer essa demanda.
Sacar o coelho do chapéu
É muito importante que quando a
estrelha canarinha dirija-se ao centro, não interfeira com Suárez. O Charrúa é
fundamental para que a dupla sul-americana seja eficaz, seus controles
orientados e suas diagonais sem o esférico são o contexto que Neymar precisa
para encontrar o desenlace frente à goleira. Quando Leo faz esses alley-oop
para a direita, ativa aos seus companheiros do tridente. O automatismo de
Neymar para procurar o offside transitório, terminando em um ataque ao espaço
do "coelho" frente a última defesa, é um recurso de clínica aplicação
que faz que sejam muito perigosos. Seu passado recente é prova disso.
Esse Messi-sistema já não pode ser. Agora que Messi é
o meia-armador, a ação flui mais por acordos entre jogadores que se entendem,
que por uma planificação estratégica. Há certos principios que se mantêm, mas
em geral o jogo é livre. Esta essência na qual os jogadores procuram que o
brasileiro decida é a mesma que existía com Santos. No Brasil há pouco plano de
jogo; o crédito é dado a sua técnica individual para ganhar domínio. O mesmo
que acontece no Barcelona, e até agora funciona.
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